14 abril 2017

O COMENTÁRIO TELEVISIVO CADA VEZ MAIS ESPECIALIZADO

A minha evocação recente dos Monty Python combinada com as notícias sobre a tensão crescente na Coreia do Norte - mais a notícia da bomba... - que vieram acompanhadas da tradicional presença de especialistas na televisão, vieram a descambar nisto, na minha recordação de um gag antiquíssimo dos famosos cómicos britânicos que pretendia levar ao limite do ridículo o formato desses programas. Submetido ao mote de procurar saber se Há vida depois da morte? o programa era enriquecido com a presença em estúdio de três pessoas mortas para falar com conhecimento de causa sobre o assunto...

Mas, para que este poste seja mais do que uma laracha brincalhona, permitam-me acrescentar o exemplo de dois comentadores que ontem apareceram encadeadamente na SIC Notícias. Se, para Nuno Rogeiro, o ataque com a bomba «já estava preparado desde finais de 2016» (sob Obama, portanto...), para o general Carlos Martins Branco, os Estados Unidos tentaram, com a sua detonação, «enviar uma mensagem à Rússia», que organiza por estes dias uma cimeira sobre o Afeganistão em Moscovo, cimeira para a qual os Estados Unidos não foram convidados. Sem se contradizerem frontalmente, as duas opiniões não se corroboram nem sequer se completam: o planeamento da operação terá começado em Novembro/Dezembro do ano passado tendo como alvo uma cimeira que só se começou a concretizar em Fevereiro deste ano?... Alguém está enganado.

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