22 fevereiro 2017

A PROPORCIONALIDADE DAS CRÍTICAS

Já houve tempo em que atribui a culpa à comunicação social, mas já me apercebi que é o próprio estilo como são redigidos os relatórios anuais da Amnistia Internacional a causa principal para que aconteça o disparate noticioso que se pode apreciar acima. O antigo Portugal do Minho a Timor é, todo ele, passível de algum género de censura por parte dos activistas da organização. Para o conjunto, porém, não parece haver uma escala aferida e comparativa do que deve censurar mais em cada país e, por norma, todos os países são igualmente censuráveis e com a mesma veemência. O resultado é que se gera uma diluição dos actos mais condenáveis, e cria-se a aparência que tudo se equivale, aproximadamente. Desde uma ditadura que encosta os seus opositores políticos à parede e os fuzila, até a uma democracia onde há uns polícias renegados que arreiam (e não podiam...) nos detidos. É tudo muito grave, e sendo assim tudo tão grave, o que de facto o é, deixa de o ser. Tanto mais que as ditaduras, tanto mais férreas sejam, tanto mais se costumam estar a marimbar para o que os membros da Amnistia digam ou façam.

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