A primeira carta ao director da edição desta semana da revista The Economist:
Para se ter chegado à Era de Trump reclamava-se que os consumidores norte-americanos pobres ganhariam mais com os baixos custos das importações do que aconteceria se a concorrência comercial desaparecesse e a América produzisse esses mesmos produtos. Ser capaz de comprar uma televisão de 50 polegadas feita na China enquanto se trabalhava a virar hambúrgueres pelo ordenado mínimo nacional poderia ser mais eficiente do que trabalhar numa fábrica por um ordenado superior mas que só permitiria comprar uma televisão de 30 polegadas montada localmente. Mas os votantes de Donald Trump terão valorizado factores que muitos economistas, assim como essa revista, frequentemente subalternizam: o valor marginal dos bens de consumo numa sociedade próspera, a questão da distribuição da riqueza e o sentido da auto-estima e da realização profissional.
A forma como os eleitores exprimiram as suas ansiedades poderá não ser a mais ajustada, mas o conteúdo da mensagem é claro.
E não deve ser por acaso que o autor da missiva, Diomidis Spinellis, é grego...
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