27 fevereiro 2016

"RECUPERAÇÃO"? QUAL "RECUPERAÇÃO"? ou OS DADOS DO PORDATA SÃO UMA CHATICE PARA AS ALDRABICES POLÍTICAS

Cortesia da Lusa, um lote de órgãos da comunicação social afixou como seu um pré-confeccionado feito na agência de notícias, onde se anuncia que Cavaco Silva pontificou em mais um sessão de condecorações. Pior mesmo, foi o PR ter empregue na ocasião a expressão recuperação económica. É mesmo caso para perguntar: qual recuperação económica? De acordo com o agora indispensável Pordata, cortesia da insuspeita Fundação Francisco Manuel dos Santos, considerando os crescimentos reais do PIB que ali constam, a que se deve acrescentar o valor de crescimento de 1,5% que tem sido adiantado para 2015 e, mesmo assim, o PIB actual ainda é mais de 4,5% inferior ao de 2010. Ou seja, os "heróis" sê-lo-ão, mas prematuramente, de uma recuperação, que ainda não aconteceu. Com aspas ou sem elas, já aqui disse que o gesto era privilégio seu e ele que condecore os "heróis" que quiser, mas em vez de o ganhar, apetece dizer ao presidente que não vá recuperar juízo, olhe que no fim fica com menos do que tinha...

4 comentários:

  1. Enquanto trabalhador e funcionário público*, sinto-me orgulhoso pelo presidente de todos os portugueses.
    * Professor contratado com horário incompleto, a trabalhar a 150 km de casa e a receber 700 euros por mês, e que, no auge da crise, esteve um ano e meio desempregado.

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  2. Nas penúltimas eleições presidenciais, em 2011, houve 2.231.602 outros cidadãos que concordaram consigo, elegendo Cavaco Silva. Longe de mim questionar a sua legitimidade. Coisa distinta é ele dar-se ao respeito pela forma como se comportou durante a presidência. Isso é do domínio da opinião. E aquilo de que aqui o acuso é factual: a economia portuguesa não recuperou sequer os níveis de 2010. Já agora, e para falar ainda em respeito, neste caso para com o interlocutor, quando quiser deixar de ser identificado por «professor "Unknown"» diga mais qualquer coisinha...

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    1. Procurei usar da ironia... Infelizmente (para mim), a parte de fingimento no que escrevi não tem que ver com a minha situação e com o meu percurso, mas com o orgulho no "representante". Cavaco teve/tem uma visão e uma agenda de classe. Enquanto Presidente, foi o testa de ferro de alguns portugueses, não de todos. Dos patrões, claro está. Alguma vez os "heróis" de uma qualquer recuperação económica (que por ora não passa de wishful thinking) poderiam ser os trabalhadores do público e do privado?... A iniciativa do homem que está de partida é lastimável a vários níveis. O meu apressado comentário quis juntar à crítica dos factos, feita no post, uma crítica da ideologia. Obrigado pelo blogue. Descobri-o há poucas semanas, mas compenso o conhecimento tardio com as visitas regulares.

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  3. Subscrevo em simetria o anónimo.

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