04 dezembro 2015

UMA OUTRA ABORDAGEM DO QUE TAMBÉM PODE SER QUALIFICADO POR «REGULAR FUNCIONAMENTO DAS INSTITUIÇÕES»


Ao contrário do que acontecera com a moção de rejeição ao governo que havia sido votada em 10 de Novembro passado na Assembleia da República, a de ontem, 3 de Dezembro, endereçada ao governo seguinte (XXI) foi rejeitada. Os nossos deputados andam a adquirir rotina em votações importantes, das que confirmam ou infirmam governos. Mesmo assim, os vinte e três dias que mediaram entre os dois actos não foram suficientes para que se corrigisse aquilo que correra mais evidentemente mal da primeira vez: o fiasco do sistema electrónico de votação. Ainda não foi desta que tivemos oportunidade de o ver em acção: a presidência do hemiciclo, de uma prudência pragmática, recorreu logo desde o princípio ao caduco mas testado princípio do voto-alça-o-rabo-da-cadeira. Só em teste o sistema electrónico foi empregue e, mais uma vez, terá voltado a falhar: o voto de um dos deputados não chegou a ficar registado, e logo o de Jerónimo de Sousa do PCP. E mais uma vez tudo isto parece ser registado com a mesma ligeireza galhofeira de há um mês... Recordo que continuo à espera que alguma das seis mensagens que mandei a esse propósito para os serviços e grupos parlamentares da Assembleia da República tenha resposta. Ah, é verdade: e gostei do discurso de encerramento de Augusto Santos Silva, apesar de, nitidamente, não ter caído em graça junto dos comentadores, os prós e os contras. Reconheça-se que, por não precisar deles para formar opiniões, me estou a cagar para a grande maioria dos comentadores.

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