11 dezembro 2015

A ARITMÉTICA, A POLÍTICA E DE COMO UM ANO É MUITO MAIS DO QUE O NATAL

Aprecie-se como em política até a lógica aritmética pode desaparecer. Constatara o INE em finais de Setembro último - e a comunicação social estava talvez demasiado entretida com a campanha eleitoral para lhe prestar a devida atenção - que no final do primeiro semestre de 2015 o défice orçamental atingira os 4,7% do PIB. O que obrigava, para se atingirem os objectivos propostos de um défice de 2,7% no final do ano e simplificando cálculos, a que as contas do Estado decorressem fenomenalmente bem no segundo semestre de 2015: o défice não poderia ser superior a 0,7% do PIB neste semestre que ainda decorre*. Não decorreu fenomenalmente bem e é a Mário Centeno, que herdou a execução no último mês do ano, que se quer que precise agora de um pequeno milagre de Natal (como se escreve no i abaixo). Eu, por mim, sou mais de pedir responsabilidades à senhora acima e, em vez de milagres de Natal e de músicas com sinos apropriadas à época, lembrar um sucesso de um conjunto denominado Fúria do Açúcar de há muitos anos que falava das quatro estações do ano e se intitulava: Eu gosto é do Verão...
* 4,7% + 0,7% = 5,4% do PIB semestral, equivalente a 2,7% (5,4%: 2) do PIB anual.

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