24 junho 2015

«SI LA GUERRE DE TROIE N’AURA PAS LIEU, IL Y A DES AUTRES GUERRES»

Há poucos dias o jornal francês Libération deu destaque a um relatório solicitado por um parlamentar (François Cornut-Gentille da oposição) sobre o grau de prontidão da Força Aérea francesa. Embora, a todos nós, leigos, nos faltem referências de que resultados se devem esperar, a resposta teve potencial para impressionar quem lê: na grande maioria dos modelos operados, a taxa de operacionalidade é inferior a 50%, incluindo os exemplares mais recentes e mais emblemáticos da aviação de combate de França, como é o caso do Rafale. É caso para nos perguntarmos quais seriam os resultados de um relatório equivalente feito à prontidão do material de voo da Força Aérea Portuguesa, e quão útil seria sabê-lo antes que a ministra Assunção Cristas, na senda do seu colega Nuno Crato, ainda proponha que a frota subutilizada vá fazer vigilância aérea das florestas, praias, colheitas ou outro lado qualquer. O pacifismo inerente à famosa peça de Jean Giraudoux (1935) já não contempla estes desenvolvimentos modernos.

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