Pode escrever-se muita coisa para descrever os anos 80 e a ascensão do rock português. Uma certa modéstia intro e retrospectiva obrigar-nos-á a reconhecer, porém, de que se tratou muito mais de um fenómeno estritamente musical porque a qualidade lírica das letras podia deixar muito a desejar, recordem-se apenas estes dois típicos exemplares do surto, interpretados, como então era moda, por vocalistas particularmente exuberantes:
C.T.T. - Destruição
Cultivei-me de ideias mas senti a loucura
Activaram a bomba e morri
No cogumelo!
Foi tudo num átomo, centos de luz
Voltámos ao pó e morri
No cogumelo!
Andei pela estrada, procurei em vão
Aquilo que não sabia, não vi, não vi!
Então?.
Destruição. Destruição. Destruição. Destruição.
Destruição. Destruição. Destruição. Destruição.
Destruição. Destruição. Destruição. Destruição.
Num buraco do espaço, entrei pelo negro
Parti-me no tempo e morri
No cogumelo!
Foi tudo um repente, apanhei um flash
Voltei a morrer Nagasaqui
No cogumelo!
Fui tudo em serão, procura-se em vão
Rebentarão como Hiroxima
Aqui
Então?.
Destruição. Destruição. Destruição. Destruição.
Destruição. Destruição. Destruição. Destruição.
Destruição. Destruição. Destruição. Destruição.
Iodo: Malta à Porta
Oh! Aoh! Oh Aoh! Oh Aoh! Oh Aoh!
Oh! Aoh! Oh Aoh! Oh Aoh! Oh Aoh!
Oh! Aoh! Oh Aoh! Oh Aoh! Oh Aoh!
Se pensas em andar pela rua à procura do amanhã
Podes ficar bem contigo mas não és só tu
Não podes ficar preso numa ilusão
Tens de ter amigos a quem dar a mão
Não queiras assinar documentos em papel molhado
Porque ao fim e ao cabo sais sempre caçado
Tens de fazer força pelo que há-de vir
Abre a tua mente e deixa-te ir
Deixa-te ir
Bobobobababa Vejo malta à porta
Bobobobababa Vejo malta à porta
Há malta à porta
Malta à porta
Oh! Aoh! Oh Aoh! Oh Aoh! Oh Aoh!
Oh! Aoh! Oh Aoh! Oh Aoh! Oh Aoh!
Oh! Aoh! Oh Aoh! Oh Aoh! Oh Aoh!
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