01 junho 2014

A ESPANHA A GASOGÉNIO

Os tempos da Segunda Guerra Mundial em que, como assinalado no poste abaixo, os Estados Unidos produziam directamente ou controlavam a produção de uma esmagadora maioria do petróleo extraído foram tempos bastante difíceis para terceiros países que pretendiam ter um entendimento demasiado amplo da sua neutralidade. O da Espanha de Franco (acima), por exemplo, que os Estados Unidos sempre consideraram demasiado benevolente para com os seus inimigos do Eixo, sofreu um violento abalo quando os norte-americanos, após anos de negociações improfícuas, instauraram em 28 de Janeiro de 1944 um embargo total ao comércio de combustíveis.
Durante o trimestre que vai de Fevereiro a Maio de 1944, a Espanha viu-se obrigada a rodar exclusivamente a gasogénio, o que teve um impacto devastador na produção industrial e na distribuição comercial da economia espanhola. Três meses bastaram para que Franco percebesse a mensagem de como os ventos da guerra haviam mudado. O comércio com a Alemanha foi reduzido, o pessoal diplomático desta acreditado em Espanha também, os últimos elementos combatentes espanhóis que lutavam com os alemães regressaram e, simbolicamente, Franco substituiu os retratos de Hitler e Mussolini que ornamentavam o seu gabinete no Palácio do Pardo pelo de Pio XII.

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