22 novembro 2013

O SABOR DE UM CHEFE DE CLÃ CORSO

A pretexto da assembleia de notáveis que se reuniu ontem sob o alto patrocínio do ex-presidente Mário Soares permitam-me recordar a cena acima, retirada de Astérix na Córsega, onde uma cena similar tem lugar com a presença dos chefes de clã corsos que vão anunciando a sua chegada com um grunhido de javali. Como sempre desfasado dos costumes locais, tanto como das conveniências, Obélix comete a gaffe de confundir um animal com um chefe, e, apesar de por uma vez intimidado pelo olhar fulminante (e, já agora, quem se atreve a parodiar por cá as iniciativas de Mário Soares?) de um chefe de clã, a sua resposta final é a de um verdadeiro marxista (facção Groucho), porque ele só irá poder distinguir um javali de um chefe de clã corso depois de provar um destes últimos…

Adenda: Na dita assembleia de notáveis, José Pacheco Pereira proferiu um dos mais interessantes discursos que me foi dado ouvir recentemente. Para essa minha opinião, para além, naturalmente, do cuidado e da elaboração como ele foi redigido, vale a pena destacar a despreocupação que o redactor/leitor manifesta em antecipar as reacções que as suas palavras podiam provocar entre a audiência. É refrescante ver alguém que discursa concentrado nas palavras que profere e não no efeito que elas provocam em quem o ouve.

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