18 dezembro 2012

EM HONRA DE UMA CERTA «INVESTIGAÇÃO» ACADÉMICA

Só por preguiça não vos posso dizer qual a edição do meu Marketing Management de Philip Kotler. Foi um daqueles livros que se teve de ler e que, ao contrário d’Os Maias, nem está particularmente bem escrito. Está arrumado/esquecido na arrecadação. Mas parece-me continuar a ser uma daquelas bíblias académicas que são incontornáveis para quem estuda o mundo da gestão empresarial: vai na sua 14ª Edição! O seu autor Philip Kotler ter-se-á transformado num guru do Marketing e, mesmo aos 81 anos, deve continuar a dar as suas conferências Mundo fora, embora não me consta que tenha um programa de televisão semanal só para si, onde uma jornalista dedicada como Judite Sousa lhe faz perguntas para o indignar como acontece com Medina Carreira, que tem precisamente a mesma idade – mas menos relevo académico…
O contributo teórico de Kotler, que recordo sem precisar de ir à arrecadação, é a sistematização das questões associadas com a Gestão Comercial através da uma fácil mnemónica de 4 Ps: produto, preço, distribuição (place em inglês) e promoção. Depois, ao longo da minha vida profissional apanhei com vários seminários dedicados à actividade comercial e, como era praxe ir ao assunto, apercebi-me que ele evoluiu como certas receitas culinárias. Cada mestre cuca retocava a designação de um dos Ps e/ou então juntava-lhe outro novo e nos finais da década de 1990 a coisa já andava pelos 6 e 7 Ps (acima) sem qualquer enriquecimento substantivo dos fundamentos conceptuais originais de Kotler. O preâmbulo é longo, mas preciso de me justificar porque vou fazer algo semelhante com um gráfico sobre mercados do Doutor Jean-Paul Rodrigue.
Jean-Paul Rodrigue tem 45 anos, lecciona na Universidade Hofstra e adquiriu uma certa notoriedade como autor de um gráfico onde identifica as fases do ciclo de uma daquelas bolhas especulativas típicas (acima). O gráfico é muito imaginativo: tem uma armadilha para ursos e uma outra para touros e culmina num paradigma! O que não concordo é com a forma abrupta e pouco explicada como se encerra o ciclo, qual quarta-feira de cinzas de um qualquer carnaval. Vai daí, como os outros que distorciam e aumentavam os Ps originais de Kotler, também eu me dediquei a expandir e explicitar abaixo um pouco mais o gráfico original de Rodrigue a partir da experiência portuguesa. Peço desculpa por não traduzir as expressões para português mas a investigação científica séria faz-se em inglês. Esclarecendo: o Gaspar é este e a troika é esta.
Esquemas e gráficos podem ser ampliados clicando-lhes em cima.

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