16 março 2012

OS CIGARROS LM

LM era a marca de tabaco que o meu pai fumava. Afeiçoara-se a ela durante a primeira comissão em Moçambique e, embora fosse complicado, conseguia continuar a comprar os LM quando na metrópole. Porque a publicidade fazia deles um produto sofisticado, fumar LM parecia-me ser uma demonstração tangível como se era cidadão do Império, o tal que ia do Minho a Timor: um metropolitano que preferia cigarros moçambicanos.
Apreciando actualmente alguns exemplos da publicidade que a marca então editava apercebemo-nos que ela, se tivesse pretensões imperiais, nem sequer era enganadora quanto ao conceito de Império que promoveria. Se os cigarros se destinava evidentemente ao segmento médio/alto dos consumidores, por mais moçambicana que fosse a origem do produto, qualquer não branco parecia estar excluído de aparecer na promoção…

5 comentários:

  1. LM era o que eu fumava, quando o meu pai fez a única comissão em Moçambique nos idos de 1990/1991 e eu, com os meus 20 anos, passei umas férias maravilhosas, entre o Prédio Funchal( messe dos Oficiais da Força Aérea na altura) e a 'boíte' do Hotel Polana.

    ResponderEliminar
  2. Há factos no seu comentário que me parecem não fazer sentido: menciona por um lado "a Messe de Oficiais da Força Aérea no Prédio Funchal" (junto à Sé) e por outro "os idos de 1990/91)"... É mesmo assim?

    ResponderEliminar
  3. Peço desculpa pelo lapso.
    Queria escrever 1970/1971 e a coisa saíu mal.
    Ainda bem que estava com atenção não fosse alguém, menos avisado, pensar que o prédio Funchal era a messe dos Oficiais da Força Aérea Moçambicana...
    Obrigado pela correcção.

    ResponderEliminar
  4. O lapso está corrigido e suponho que nem teria sido preciso pedir desculpa por ele.

    Mas um pai a cumprir comissões em Moçambique e uma messe de oficiais num prédio chamado Funchal pareciam, de facto anacrónicos, em 1990/91. Nem que fosse porque em 1975 o prédio teria tido de mudar de nome para qualquer coisa como... Zanzibar, por exemplo.

    ResponderEliminar
  5. Hoje é o Hotel Rovuma do Grupo Pestana mas bem podia ser Zanzibar.
    Cumprimentos.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.