14 novembro 2023

SURTSEY – A MAIS JOVEM ILHA DO ATLÂNTICO

(Republicação)
Em 14 de Novembro de 1963, um navio pesqueiro que navegava a algumas milhas ao largo da Costa sudoeste da Islândia (mapa acima) deparou-se com uma enorme coluna de fumo que resultava da erupção de um vulcão submarino.
Com o cume do vulcão situado originalmente a uma profundidade de 130 metros, dada a potência da erupção, veio-se a assistir então, pela primeira vez depois do aparecimento da vulcanologia, ao nascimento de uma ilha em pleno Oceano.
Mais do que uma explicação geológica sumária do fenómeno, este poste pretende ser uma pequena compilação de fotografias sempre espectaculares da gigantesca luta ali travada entre os elementos primitivos da água e do fogo.
A erupção prolongou-se por cerca de três anos e meio até cessar. Nessa altura, Junho de 1967, a nova ilha, que havia sido baptizada Surtsey, atingira uma área de 270 hectares e uma altitude máxima de 173 metros (abaixo).
De então para cá, apenas a água e o ar têm permanecido activos e a ilha, enquanto é colonizada por flora e fauna (focas, aves e insectos), tem também vindo a diminuir por causa da abrasão: a sua área actual já está reduzida a metade da original.
Esclareça-se ainda que esta última referência à inexorabilidade das forças abrasivas da Natureza não é uma alusão indirecta a outros desgastes em episódios vulcânicos ocorridos noutras ilhas Atlânticas…

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