24 maio 2011

«PROFISSÃO» de ISAAC ASIMOV

Agora que nos aproximamos da época de exames escolares torna-se oportuno lembrar o cartoon premiado acima que foi publicado num jornal canadiano o ano passado e que, por sua vez, ainda a propósito das grandes tendências do sistema educativo da sociedade moderna, me faz lembrar uma interessantíssima novela de ficção científica de Isaac Asimov, que foi publicada originalmente em 1957, e que se intitula Profissão.

O tempo é o Século XLV e o processo educativo tinha-se tornado finalmente num assunto pacificado – embora à custa dos empregos de Mário Nogueira e de Santana Castilho. Ao longo da infância e juventude as crianças tinham apenas dois momentos de aprendizagem, rápidos porque os mesmos se faziam através de conexões entre o cérebro e computadores. O primeiro era aos oito anos, quando as crianças eram ensinadas a ler.

O segundo era a 1 de Novembro do ano em que completavam dezoito anos, um evento em que todos recebiam (através de um processo idêntico de conexões cérebro-computador) a formação profissional na área que a análise computacional julgasse apropriada depois de se ter analisado o cérebro do aluno. O herói chama-se George Platen e a história dele é que chumbou nesta última fase, ficando sem profissão e sentindo-se um pária…

George é transferido para uma Instituição que ele julga destinada a pessoas deficientes mentais até se aperceber progressivamente que ele e os seus colegas de desdita são o resultado de um apurado processo de selecção e fazem parte de uma elite exclusiva que domina os processos de aprendizagem através da leitura. Com isso, eles são os criadores da investigação e do progresso científico e a verdadeira fonte de poder da sociedade.

A novela pode ser lida aqui (no original). Quanto às crianças do cartoon, elas parecem encontrar-se numa fase de transição entre o modelo convencional de aprendizagem que conhecemos e aquele que foi idealizado por Asimov para o futuro...

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