09 fevereiro 2009

TANTA INOCÊNCIA…

O filme The Party (1968) tem um momento musical em que uma das convidadas da festa (a actriz e cantora Claudine Longet) interpreta uma canção íntima e doce (Nothing to Lose) para os convidados da festa enquanto um deles (Peter Sellers) se contorce numa esquina, incapaz de cometer a indelicadeza de se ausentar durante a interpretação, embora esteja aflitíssimo para ir à casa de banho…
A cena vive tanto das exibições histriónicas de Sellers (que no filme faz de um indiano convidado por engano para aquela festa) como do aspecto inocente da intérprete da canção… O paradoxo da cena é que a mesma pessoa (Claudine Longet) viria alguns anos mais tarde a ser acusada de ter morto o namorado a tiro (abaixo), tendo conseguido aliviar a sentença alegando que a arma se disparara acidentalmente
Moral da história: não se avaliem as pessoas apenas pela aparência... É uma ideia que, descontados os efeitos cómicos, também se aplica ao poste imediatamente abaixo, embora não seja minha intenção sugerir que Joana Amaral Dias é uma potencial assassina...

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