20 dezembro 2008

A MAIS IMPRESSIONANTE FOTOGRAFIA DE GUERRA

É defensável que a mais famosa fotografia de guerra seja a de baixo, tirada pelo famoso fotógrafo húngaro Robert Capa em 1936 perto de Córdoba, ainda nos primeiros meses da Guerra Civil de Espanha. Actualmente, ainda se debate qual seria a identidade do miliciano (do lado republicano) que nela aparece – o Público de hoje dedica-se precisamente a esse assunto – no preciso momento em que é atingido, sem se saber se já estaremos a ver um morto ou se se trata ainda de um moribundo…
Todavia, para além da fama, ignoro quem terá sido o autor daquela que considero a mais impressionante fotografia de guerra de entre as milhares que vi até hoje. Foi tirada durante um conflito que considerado ainda mais secundário do que o que forneceu a foto anterior: a Guerra Russo-Polaca de 1920. E mais do que uma fotografia de guerra propriamente dita, trata-se de uma fotografia dos extremos que a bestialidade humana pode atingir durante um desses conflitos. A vítima é um oficial polaco que fora capturado pelos bolcheviques que compõem a assistência. Além de o despirem, de o dependurarem de cabeça para baixo, de o empalarem, é difícil imaginar alguma sevícia que não lhe tenham feito mais… Nem se percebe se o decapitaram ou não... Como na outra fotografia, a de Capa, também nesta se levanta involuntariamente a questão se o fotografado já estará morto ou é ainda um moribundo e todos os nossos instintos desejam que o sofrimento tenha sido mínimo…

4 comentários:

  1. Trata-se de duas fotos impressionantes que revelam o lado negro do sublime, mas que são apenas duas entre muitas, obtidas em Berlim, Estalinegrado, Normandia, Dien Bien Fu, Khe Sahn, Mogadiscio, Wiriamu, Nambuangongo, etc.
    Com todo o respeito pelo critério adoptado, eu nunca incluiria as duas no mesmo poste, porque dá a ideia permanente de uma "compensação" desnecessária.
    Apenas uma opinião, que vale o que vale.
    Bfs

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  2. O contraste destas duas fotografias de guerra de aspecto brutal é a de uma ser conhecidíssima e a outra ser desconhecidíssima.

    A que "ideia permanente de compensação" se está a referir?

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  3. Dá cá uma revolta perceber as bestas que nós conseguimos ser! Entendo (ou não) que numa situação de conflito os valores se alterem completamente, mas o que se vê, e refiro-me sobretudo à 2ª fotografia do post é de uma bestialidade tal que envergonha. Uma coisa é matar ou ser morto, outra, completamente diferente é submeter um ser vivo, neste caso humano, a tais sevícias apenas pelo prazer que o espectáculo proporciona e pela humilhação que julgam conseguir.

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  4. Dona gata interpretou em parte o que eu queria dizer (pelos vistos fi-lo mal).
    A segunda foto é hedionda e "nada" tem a ver com um "instantâneo" de guerra por muito cruel que ele seja.
    Passe a subjectividade da minha análise e eventual desacerto da mesma, sou de opinião que não é necessário fazer contrapontos sistemáticos aos "bons versus maus" recorrendo a "maus versus bons".
    A excelência dos seus postes não necessita disso.
    Repito que é a minha opinião e que vale o que vale.

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