04 agosto 2008

ALCÁCER QUIBIR (4 de Agosto de 1578)

Neste blogue não sou muito adepto da comemoração de efemérides, mas suponho que não haverá grande concorrência na blogosfera portuguesa à evocação que hoje se completam precisamente 430 anos que se travou a Batalha de Alcácer Quibir, que o corpo expedicionário português a perdeu e que o Rei Sebastião I (1554-1578) de Portugal morreu.

Penso já ter escrito neste blogue que na época, entre as pessoas devidamente informadas, nunca houve quaisquer dúvidas sobre a sua morte. A notícia da derrota demorou cerca de uma semana a chegar a Lisboa, e fez-se ainda um compasso de espera para que os acontecimentos se tornassem menos confusos, mas o sucessor, Henrique I (1512-1580), foi jurado Rei em 28 de Agosto.

Ora, a adopção desse gesto – em vez da criação de uma regência – é inequívoco quanto à certeza que então já se teria de ter sobre qual fora o destino do anterior monarca. Não seria por precipitação que o Reino de Portugal passaria pelo que então seria considerado um descomunal vexame internacional de possuir dois reis titulares...

14 comentários:

  1. Ou seja:
    Se houve um "rei posto" é porque havia um "rei morto"...
    :)

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  2. Ao rei rapaz seguiu-se o rei velho e o burro ainda anda por aí, mas não o deixam reinar.

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  3. Exactamente Maria do Sol. E para o porem é porque tinham a certeza que não teriam de o depor.

    A quem se refere com o burro, JRD? Ao meu homónimo, o Prior do Crato?

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  4. Não! É mais... um "asno" do nosso tempo.

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  5. ´Tou a ver... SAR D. Duarte Pio de Bragança...

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  6. Desnecessária a referência ao Sr. D. Duarte de Bragança nestes termos.

    Fortuito.

    Sendo Republicano, lamento-o profundamente.

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  7. Sendo esse - a questão de regime e o perfil do titular - um assunto controverso, reconheço que lhe assiste a sua razão e a sua opinião.

    Uma coisa apenas me intriga, e desculpe a pergunta: sendo assim um Republicano com letra maiúscula, além do visado, costuma tratar com toda essa deferência cuidada todas as outras pessoas, Sr. D. Umbhalane do Anonimato?

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  8. Mas concerteza Sr. A. Teixeira.

    Porque não houvera de ser?

    umBhalane, sem D.

    Só umBhalane.

    Anonimato é apelido?

    É que sendo Africano, não compreendo bem certas coisas.

    Muito obrigado.

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  9. Está percebido para que usa o Umbhalane as letras maiúsculas: depois de se pretender Republicano, agora diz que é Africano e, acrescentaria eu, também é Alfabeto...

    Porque não foi ao dicionário verificar o significado da palavra "fortuito" antes de a usar?

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  10. Concerteza Sr. Patrão!


    fortuito

    do Lat. fortuitu

    adj.,
    casual;

    acidental;

    imprevisto;

    inopinado.

    Sabe, Sr. Patrão, o Acordo Ortográfico já foi ratificado, respeitando-se também o Português de outros Países, outras semânticas.

    Outros falares.

    Não zanga comigo Sr. Patrão.

    Sou apenas Alfabetizado.

    umBhalane, é assim mesmo.

    Posso ir embora?

    Posso voltar?

    Muito obrigado, Sr. Patrão.

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  11. Eu não tinha opinião sobre o Acordo Ortográfico, mas descobri pelo comentário acima como ele é maravilhoso: pelos vistos também é um acordo vocabular!

    Invoca-se a palavra semântica, "o português de outros países", e qualquer vocábulo passa a ter o significado que lhe quisermos atribuir...

    Pobre Sr. D. Duarte!... Com defensores destes a sua causa nem precisa de inimigos.

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  12. Respeitador é diferente de defensor.

    Que eu saiba, o Sr. homem não precisa de defensores - e a que propósito?

    Acabo por concluir, que os insultos ao Sr. D. Duarte de Bragança foram mesmo premeditados,

    e não, inopinados, imprevistos, acidentais (pela minha errada perspectiva, de que, e desde já, me penalizo), ou mesmo fortuitos.

    Creio estarmos a falar na Língua de Camões, Fernando Pessoa, José Saramago, José Craveirinha, Mia Couto, Pepetela, Alda Lara, Jorge Amado, Drummond de Andrade, Onésimo Silveira, Germano de Almeida, Nagib Farid Said Jauad, Vasco Cabral, Alda do Espírito Santo, Ruy Cinatti, …e tantos outros.

    No caso concreto, nem houve variação semântica, creio.

    Porque não pedimos uma peritagem, um árbitro?

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  13. Peço licença ao autor do blogue para retorquir ao Sr. umBhalane.

    Se outras razões não existissem, bastava-me recorrer à sua referência a Saramago para justificar desta forma a qualidade asnal do "Sr. D.":

    «Este Pio, que é uma figurinha com dois olhos, bigode e um sorriso asinário -com perdão dos jumentos-, é, também, uma espécie autofágica com problemas de fermento indigesto, porque se alimenta da sua própria idiotia, daí que sinta necessidade de bolçar as baboseiras que vai engolindo.
    Quando olha para baixo, está sempre nas dez para as duas pelo que tem que dar corda ao par de botas onde vê a felicidade, para acompanhar a rapidez vertiginosa com que debita asneirolas.
    Burro matriculado, resolve de vez em quando, quem sabe se por desígnio da corte, invectivar o nosso Nobel, de quem, como ele próprio confessa, nunca leu uma linha.
    Este Pio é um pândego, uma foto de calendário de barbearia de bairro.»

    Uma coisa é não gostar de Saramago, como homem ou como escritor,outra, bem diferente é dizer disparates.
    Saudações repúblicanas

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  14. Adenda: Poste inserido no "Bons tempos hein" em 12-12-2007.

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