08 março 2008

A TESE DE DOUTORAMENTO DE RICARDO ARAÚJO PEREIRA

É muito mais frequente do que aquilo que seria desejável que se esqueça que os graus académicos de Mestre e de Doutor se alcançam por intermédio da defesa de uma tese. Ora afirmam muitos daqueles que já passaram por esses preparos, que o mais trabalhoso de uma tese nem sequer é a questão de a enunciar, mas sim o problema de a defender, em páginas consecutivas de argumentações, na antecipação de como podem ser rebatidas pelo crivo do júri.

Uma tese, embora suponha que não tinha quaisquer pretensões académicas na altura em que foi enunciada, foi a apresentada por Ricardo Araújo Pereira, quando analisou na sua coluna o que considerava serem os critérios usados por Vasco Pulido Valente para temas das suas crónicas (e cito de memória): Vasco Pulido Valente estabelece o que as pessoas com bom senso pensarão sobre um determinado assunto e então escreve uma crónica a defender precisamente a opinião contrária.
Isto é o que eu classifico como uma tese genial (embora subvalorizada), não propriamente pelo enunciado, mas pela economia de esforços associada à sua defesa. Com uma regularidade impressionante (hoje, a propósito dos professores, repete-se mais uma vez o fenómeno*…) é o próprio Vasco Pulido Valente que se encarrega de renovar e refrescar a argumentação da tese. É mesmo caso para propor Ricardo Araújo Pereira para um doutoramento honoris causa

* “Ninguém ainda disse que os professores pura e simplesmente, não devem ser avaliados” – estávamos todos à espera que Vasco Pulido Valente o dissesse...

Sem comentários:

Enviar um comentário