07 outubro 2007

A CALDEIRADA DE PREGADO

Os assessores de José Sócrates arriscam-se a ter concebido um gesto político que pode deixar o primeiro-ministro encalhado e em seco para o futuro (como às vezes acontece com os pregados na maré baixa…), quanto à lógica que estaria por detrás da recomendação para que ele aparecesse em destaque na comunicação social associado ao sucesso da inauguração da fábrica de aquacultura que, alegadamente, irá criar uns míseros 200 postos de trabalho.

Eu era dos que os criticava, mas agora vejo-me obrigado a dar-lhes razão pela lógica simétrica, àqueles que costumavam pedir a comparência do mesmo primeiro-ministro nas cerimónias de encerramento de mais uma fábrica de calçado (ou doutro ramo qualquer) que também iriam destruir, alegadamente, outras centenas de postos de trabalho; além de que José Sócrates acabou de legitimar que nessas ocasiões lá apareça Luís Filipe Menezes, pela oposição...

O assunto arrisca-se a tornar uma caldeirada e as de pregado, que eu saiba, nunca foram grande coisa…

2 comentários:

  1. A caldeirada (ou peixeirada) foi cozinhada pelos sindicalistas da Fenprof,em Montemor-o-Velho, logo identificados pelo primeiro-ministro como sendo manipulados pelo PC.
    Muito tem pregado frei Sócrates pela modernidade e pela tecnologia, mas o desemPREGADO desespera.
    Felizmente, vem aí Menezes...

    ResponderEliminar
  2. Ou seja, Carteiro, fico com a sensação que também crê que, de tudo isto, Sócrates se arrisque a sair frito, a preparação correcta a dar a um bom pregado que se preze.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.