18 fevereiro 2007

O MAIS BONITO HINO QUE CONHEÇO

Não tenho a pretensão de conhecer os quase 200 hinos nacionais que existirão por todo esse mundo, mas já serão muitas as dezenas que já terei ouvido. Embora, normalmente, seja a própria importância do país a que um hino pertence a influenciar a sua notoriedade, o hino a que me refiro não pertence a um país no sentido estrito da palavra, nem essa região é assim tão importante que o faça ser ouvido com frequência: trata-se do País de Gales.

Contudo, há 36 anos, quando a RTP começou a transmitir em directo os jogos do Torneio das Cinco Nações, comentados por um Cordeiro do Vale que, no princípio, devia perceber tanto de râguebi quanto eu (ou seja, nada), começou esta relação de simpatia entre mim, o râguebi, o País de Gales, a sua selecção de râguebi (uma maravilha – ainda hoje deixa saudades…) e o seu hino nacional, tocado e cantado sempre no início dos jogos.

O Hino, com o título indecifrável de Hen Wlad Fy Nhadau (literalmente: A Antiga Pátria de Meus Pais em galês, um idioma céltico), só goza de um estatuto oficioso porque, oficialmente, sendo o soberano de Gales o mesmo que o de Inglaterra, o Hino oficial é a conhecida saudação à monarca Isabel II (God Save The Queen – Deus Salve a Rainha). Não esquecendo esse facto, também há duas versões para a letra do Hen Wlad Fy Nhadau: em galês e uma outra em inglês (Land of My Fathers).

Embora só 1/5 da população galesa saiba falar galês (e toda ela fale inglês…), o Hino de Gales só se costuma cantar na sua versão galesa, como se de um ritual iniciático, a identificar os de dentro e os de fora, como aconteceu num infeliz mas muito cómico episódio de 1993, quando John Redwood, o então novo Secretário de Estado para o País de Gales, foi apanhado a apanhar bonés enquanto o Hino era tocado durante uma cerimónia oficial: o flagrante do assassinato da carreira de um verdadeiro turista político!...

Mas as suas versões mais arrepiantes são as que se escutam a milhares de vozes no Estádio de Cardiff* antes de um encontro do Torneio das (agora) Seis Nações. Deixa-me na disposição de, durante os próximos 80 minutos, e apenas para efeitos desportivos muito específicos, trair a minha pátria e transformar-me num galês até à alma. Que saudades daqueles nomes mágicos da minha infância: Gareth Edwards, John (JPR) Williams, Phil Bennett, Gerald Davies e o lendário Barry John...

* Já foi o Arms Park, agora é o Estádio do Milénio.

2 comentários:

  1. É um bocadinho arrepinate sim ;))
    Não consegui perceber nada lol
    (Estou a falar na melodia, entenda-se...)

    Beijinhos :)

    ResponderEliminar
  2. Ainda para mais enganei-me ;)
    Queria dizer arrepiante ;)

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.