28 novembro 2006

ESCARANFUNCHAR

Agora que todo o extenso episódio da luta contra o terrorismo que se foi travar para o Iraque parece não ter passado de uma ampla loucura colectiva, de que até os ideólogos, defensores mais extremados da causa, já se dissociam, há quem se divirta a escarafunchar e a continuar a trazer à luz os casos mais emblemáticos dos que referenciámos como grandes defensores de outrora da intervenção norte-americana e que ultimamente se têm aprimorado nas suas análises sobre os acontecimentos permitindo-lhes chegar a conclusões radicalmente diferentes.

Por muito saborosos que sejam os casos – e são-no – e que esse sabor seja ainda mais realçado pela identidade daqueles que têm tentado vir a mudar progressiva e subtilmente de opinião, vale a pena alertar-se para a humildade que se deve ter nestas circunstâncias, porque nunca houve ninguém que tivesse sempre razão em tudo… Sobretudo, incomodam-me muito mais outros momentos de ampla loucura colectiva – como o episódio Santana Lopes – em que na imprensa ainda se parece querer dar a impressão que ainda há ali algo para discutir...

1 comentário:

  1. As pessoas evoluem, meu caro.
    Basta ver as travessias levadas a cabo por tanta e tão boa gente da esquerda para a direita com alguns a ficarem pelo centro que é onde (dizem os entendidos) se ganham os jogos.
    Em Portugal, nunca houve tantos lutadores antifascistas como depois do 25 de Abril.
    Aos que tentem negar posições anteriores diferentes das actuais, bem podemos retorquir :

    "Como queira".

    E voltar a acender o cachimbo...

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