27 janeiro 2006

EUROMINAS

Ainda não percebi cabalmente o que é que António Vitorino tem a ver com o caso Eurominas. Embora já esteja quase completamente convencido de que deve haver um caso Eurominas qualquer. E que, por muito que se esforce, o PS não consegue desgrudar uma lista de destacados militantes seus, entre os quais Vitorino, desse caso Eurominas.

A última tentativa de o fazer foi feita à bruta, como quando se arrancam os adesivos da pele e os pelos vão atrás: deu o inquérito parlamentar que está a decorrer como pronto para conclusões. Que se adivinham, quando se sabe que o PS detém a maioria na comissão. É um gesto prepotente, a lembrar aquele forte travo de laranjada da época áurea do cavaquismo de que o PS tanto se queixava…

É sabido que as oposições, aqui e em qualquer parte do mundo, adoram que estas comissões de investigação cozinhem o governo em lume brando. Mas, neste caso e continuando a metáfora, o cozinhado nem chegou a aquecer apesar de dar indícios de excelentes temperos. O que é indício condenatório de quem desligou o lume assim à pressa.

E, se no PS ainda ninguém se apercebeu entre os sussurros de bastidores, Vitorino e o restante comité Eurominas ou Pina Moura serão excelentes flancos expostos do partido a futuras iniciativas presidenciais de moralização. Que, nessa eventualidade, deverão contar com um apoio alargado da opinião pública…

Sem comentários:

Enviar um comentário